3 testes que podem identificar lesões no cotovelo

Homem sendo avaliado por médico por uma possível lesão no cotovelo

O cotovelo é a articulação responsável por fazer a ligação entre o braço e o antebraço, permitindo os movimentos de dobrar e de rotacionar. Lesões nessa articulação costumam ser causadas por traumas acidentais, resultando em dor que pode dificultar as atividades do dia a dia. Continue a leitura para conhecer 3 testes que identificam o tipo de lesão do cotovelo.

Alguns dos principais tipos de lesões no cotovelo são:

1 – Epicondilite lateral (cotovelo de tenista): o epicôndilo lateral é uma protuberância do úmero (osso do braço) que fica localizado na parte de fora do cotovelo. Ele está sujeito a sofrer uma lesão chamada epicondilite lateral, que pode ser causada por movimentos repetitivos de extensão do cotovelo, dedos e punhos, e de supinação do antebraço. Além disso, a epicondilite lateral provoca dores no lado externo do cotovelo, que podem irradiar para o antebraço, e perda de força na mão.

2 – Epicondilite medial (cotovelo de golfista): nesse caso, o epicôndilo afetado é o medial, localizado na parte interna do cotovelo. Além disso, os tendões flexores do antebraço, que se estendem do cotovelo até o punho, também sofrem com a lesão. O esforço repetitivo dos músculos flexores do antebraço, como no golfe, é a principal causa da epicondilite medial, a qual provoca dores na parte interna do cotovelo, que se estendem ao antebraço, e fraqueza na mão.

3 – Síndrome do túnel cubital: no trajeto do braço até a mão existe o nervo ulnar, que é responsável pela sensibilidade do dedo mínimo, anelar e da lateral externa da mão. Ele passa por dentro de uma estrutura localizada no interior do cotovelo, que se chama túnel cubital. Quando são realizados esforços repetitivos com o cotovelo ou quando ele passa muito tempo flexionado, o nervo ulnar é comprimido, causando formigamento e dormência no dedo anelar e mínimo, dor na parte interna da articulação e enfraquecimento da mão.

3 testes que ajudam a identificar lesões no cotovelo

Além dos exames de imagem, como radiografias, ultrassonografias e ressonância magnética, o exame físico também é de grande importância para o diagnóstico das lesões no cotovelo.

Aliás, uma das formas de identificar o tipo de lesão do cotovelo por meio do exame físico é realizando 3 testes: teste de Cozen, teste do cotovelo de golfista e Scratch Collapse Test.

1 – Teste de Cozen

Para realizar esse teste, o médico posiciona o cotovelo do paciente a 90° e mantém seu antebraço em pronação. Em seguida, ele solicita que o paciente faça a extensão ativa do punho, que é um movimento contrário à resistência que está imposta. Caso a sensação de dor apareça, o resultado é positivo para epicondilite lateral.

2 – Teste do cotovelo de golfista

Nesse teste, o paciente deve ficar com o cotovelo a 90° e abdução do ombro também a 90°. Em seguida, ele deve realizar uma extensão total do membro superior a partir de uma flexão. Assim como o próprio nome do teste já sugere, um resultado positivo indica a presença da epicondilite medial (cotovelo de golfista).

3 – Scratch Collapse Test

Estando em pé ou sentado, o paciente flexiona o cotovelo bilateralmente em 90°. O médico ortopedista, então, aplica uma força de rotação interna sobre o braço distal enquanto o paciente resiste ao movimento. Em seguida, estando ainda nessa posição, o médico aplica raspagem sobre a área de compressão do nervo no cotovelo afetado e, logo depois, aplica novamente uma força de rotação interna sobre o braço distal enquanto o paciente resiste ao movimento. Se positivo, o teste indica perda temporária de resistência à força aplicada pelo ortopedista no lado afetado, ou seja, síndrome do túnel cubital.

Esses testes facilitam o diagnóstico e contribuem para a escolha do tratamento mais adequado. Portanto, em caso de dor no cotovelo, consulte-se com um médico ortopedista.

Veja meus Vídeos

Dr. Daniel Souto

É ortopedista e traumatologista com formação e graduação em Medicina pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Especializou-se em ortopedia e traumatologia na grande Florianópolis, no Hospital Homero de Miranda Gomes, também conhecido como Hospital Regional de São José. Além disso, realizou o fellowship em Traumatologia do Esporte em São Paulo, e participou de diversos cursos voltados ao desenvolvimento de atletas de alta performance. Hoje, é chefe do serviço de Traumatologia do Hospital de Tramandaí – RS, e diretor clínico e ortopedista no Centro de Especialidade e Reabilitação em Osório. Seu atendimento abrange diversas cidades do litoral gaúcho, incluindo Tramandaí, Imbé, Capão da Canoa, Osório, Xangri-Lá e Mariápolis, onde proporciona um cuidado humano e personalizado a seus pacientes.

Artigos recentes