O ombro congelado, também conhecido como capsulite adesiva, é uma inflamação que ocorre na capsula articular dos tecidos do ombro. Ela causa dor, rigidez e a redução progressiva da amplitude de movimento do ombro.
A capsula articular é uma estrutura fina feita de colágeno que possui elasticidade e flexibilidade. Ela reveste a articulação e é responsável por manter o líquido articular e ajudar na estabilidade e função do ombro. Porém, quando inflama, ela incha, fica espessa e vermelha, perdendo sua elasticidade. Nesse caso, a dor e a progressiva diminuição dos movimentos da articulação caracterizam a capsulite adesiva.
Quais são as causas do ombro congelado?
As causas do ombro congelado estão ligadas a doenças metabólicas, como diabete mellitus, problemas de tireoide e altas taxas de glicose no sangue. No entanto, a capsulite adesiva também pode ser causada por traumas, como lesão dos tendões do manguito rotador ou tendinite, e também pode surgir após uma cirurgia no ombro.
Além disso, alguns fatores de risco estão associados ao desenvolvimento dessa condição, tais como doenças cardíacas e um perfil psicológico com tendência a ansiedade e depressão.
Sintomas
Os principais sintomas do ombro congelado são a perda de movimento e a dor.
Além disso, essa doença costuma ser dividida em três fases: a primeira fase, chamada de inflamatória, é caracterizada pelo surgimento da dor e pela progressiva limitação dos movimentos do ombro. Já a segunda fase, conhecida como congelamento, é marcada pela restrição total do ombro. Por fim, a terceira fase é a de descongelamento, ou seja, é quando ocorre a restauração dos movimentos do ombro, de maneira lenta e progressiva. Aliás, todo esse processo pode durar de 6 meses a 2 anos ou mais, dependendo do caso.
Como é feito o diagnóstico da capsulite adesiva?
A princípio, o diagnóstico da capsulite adesiva é feito por meio do exame físico e da história clínica do paciente. Mas o ortopedista responsável pelo caso também pode solicitar a realização de exames complementares, como os de imagem.
A radiografia, por exemplo, costuma auxiliar na identificação do problema e/ou descarte de outras patologias. Além disso, a ultrassonografia também ajuda a detectar a doença, bem como a ressonância magnética, que possibilita um diagnóstico mais completo.
Aliás, identificar a capsulite adesiva precocemente contribui para a escolha do melhor tratamento. Portanto, sempre procure um médico ortopedista em caso de sintomas relacionados ao ombro.
Tratamento para o ombro congelado
A causa da doença ou o seu estágio é que definem o tipo de tratamento. Sendo assim, quando a causa é metabólica, faz-se o controle das patologias relacionadas, como as altas taxas de glicose no sangue ou os problemas da tireoide.
Além disso, na fase inicial da doença, o objetivo do tratamento é aliviar a dor com medicações clínicas. Já nas fases mais avançadas, o foco é a recuperação do movimento, que costuma ser feita com a ajuda da fisioterapia ou hidroterapia.
Em alguns casos, o ortopedista pode indicar bloqueios nervosos, que nada mais é do que anestesiar um ou vários nervos da região do ombro. Além disso, bloqueios seriados do nervo supraescapular e injeções intra-articulares de anestésicos ou corticoide também são estratégias utilizadas para o controle da dor e recuperação do movimento da articulação.
Várias são as opções de tratamento para o ombro congelado, o que ajuda a acelerar a sua cura. Portanto, em caso de sintomas, consulte-se com um médico ortopedista!