Bursite no ombro: entenda como ocorre

Bursite no ombro: entenda como ocorre

Bursite no ombro

Para compreendermos melhor a bursite que acomete os ombros, vamos entender a sua anatomia: a bursa é uma estrutura semelhante a um saco, cheia de líquido, revestida por uma membrana, chamada de sinovial, que se forma em fendas entre as estruturas móveis do nosso sistema músculo-esquelético. Dessa forma, essas estruturas mais profundas funcionam como “rolamentos de esferas”, permitindo que os músculos deslizem uns sobre os outros e sobre as proeminências ósseas. Já as mais superficiais funcionam como “almofadas.
Assim, podemos deduzir que atividades de impacto irão provocar o desgaste dessa estrutura. Além disso, o ombro é uma parte do corpo bastante requisitada, a qual estamos movendo constantemente, logo, é comum o aparecimento de um quadro de bursite nesse local com o decorrer dos anos.

Bursite no ombro: As principais causas para o desenvolvimento dessa condição são:

●Lesão direta ou trauma;
●Pressão prolongada;
●Uso excessivo ou atividade extenuante;
●Artropatia induzida por cristal;
●Artrite inflamatória, como artrite reumatoide ou espondiloartrite;
●Infecção (bursite séptica). Isso pode ocorrer devido ao trânsito de bactérias nessa região decorrente de microtraumas.

Além desses, muitos pacientes acometidos apresentam desenvolvimento muscular insuficiente (comum em indivíduos magros), postura cifótica, realização de movimentos repetitivos da escápula para frente e para trás, como passar roupa ou praticar esportes), além de realização de pressão direta sobre a região.
As pessoas afetadas se queixam de dor localizada na parte superior das costas ou de um som de estalo sempre que encolhe os ombros.

O quadro mais agudo, geralmente, é decorrente de trauma, doença microcristalina ou infecção. Há sensibilidade diretamente sobre a bursa, com dor provocada por qualquer movimento ativo que emprega os músculos locais.
Já o quadro mais crônico, é decorrente do uso excessivo repetitivo, microtrauma ou artropatias inflamatórias, como a artrite reumatóide. Nessas situações, a bursa teve tempo para se expandir e acomodar o aumento da pressão no seu interior. Assim, os pacientes com essa condição tendem a ter mais inchaço do que dor, que geralmente é mínima. Em outras situações, podem ocorrer alterações secundárias de contratura e atrofia muscular relacionadas à falta de mobilidade da estrutura. Isso pode se desenvolver em apenas uma semana e é a base por trás do aparecimento do ombro congelado.

 

 

Tratamento

A terapêutica consiste na aplicação injetável de glicocorticoides que têm a função de reduzir a dor e a inflamação local. Além dessa medida, a administração de medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são adicionados, a menos que sejam contraindicados. Um programa de fisioterapia voltado para a manutenção e restauração do movimento é fundamental e também deve ser incluído. Importante salientar que a injeção antes do processo fisioterápico pode controlar a dor e levar a exercícios de reabilitação mais eficazes e menos dolorosos.

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