Já falamos em outra publicação sobre as lesões na virilha, por isso hoje quero abordar uma lesão que é muito comum: a distensão na virilha. A virilha é formada por um conjunto de cinco músculos que são responsáveis pela função de abrir e fechar as pernas. Quando ocorre uma distensão nessa região, o paciente sente uma forte dor repentina e que pode vir acompanhada de um estalo na coxa em sua parte interna.
Assim, a virilha fica sensível ao toque e podem aparecer hematomas, além de inchaço e calor no local. Dessa forma, o paciente perde a capacidade de fechar a perna e sente fraqueza ao tentar fazê-lo. Se a lesão for grave, a pessoa perde a capacidade de locomoção. Portanto, ao sentir esses sintomas, procure o atendimento médico do ortopedista.
Como é realizado o tratamento
Após o diagnóstico médico, que inclui exame físico e exame de imagem, podendo ser solicitada a radiografia ou uma ressonância magnética do local, o médico avaliará qual o melhor tratamento a ser aplicado. Assim, a maioria das distensões na virilha respondem bem ao tratamento não-cirúrgico.
Uma das recomendações é a aplicação de gelo no local para controlar a inflamação. Além disso, o uso de muletas pode ser indicado para auxiliar no controle da dor. O uso de anti-inflamatórios também é recomendado e, após o controle da dor, a fisioterapia passa a ser essencial na recuperação. Dessa forma, o tratamento consiste em auxiliar o paciente a ter uma boa cicatrização na musculatura e a recuperar a função dos músculos, com mínima perda da força.
Retorno à prática esportiva
A distensão na virilha possui 3 graus de severidade: grau I, grau II e grau III. Os praticantes de esporte podem voltar às suas atividades de acordo com o grau da lesão. Nesse sentido, nas lesões de grau I a expectativa de retorno é de 1 a 2 semanas após a recuperação da lesão. Já em lesões consideradas de grau III, o retorno às atividades pode levar de 2 a 6 meses depois da recuperação.
Dessa forma, se as dores persistirem por mais de 6 meses após a lesão, o tratamento cirúrgico deve ser considerado. Esse procedimento consiste em cortar o tendão e deixar que ele se recupere de maneira mais frouxa, assim a tensão que estava sobre ele fica mais aliviada, o que, consequentemente, melhora os sintomas.
Por isso, o acompanhamento com o ortopedista antes e durante a prática de esportes é fundamental. Pois, ele te ajudará a manter os pesos e intensidades dos treinos de forma correta, ajudando a prevenir lesões. Caso tenha ficado com dúvidas, entre em contato e agende uma consulta.
