Dor no cotovelo pode ser epicondilite lateral

Homem com dor no cotovelo

A epicondilite lateral é a inflamação dos tendões que ligam o músculo do antebraço ao cotovelo. Ela surge devido a esforços repetitivos e pode causar dor na parte externa do cotovelo e na parte posterior do antebraço. Além disso, embora a epicondilite lateral seja conhecida como tendinite do tenista, ela acomete mais a população em geral, particularmente entre os 40 e 50 anos de vida, do que somente os tenistas.

Causas da epicondilite lateral

Atividades que submetem a parte externa do cotovelo à tensão repetitiva podem causar epicondilite lateral, como esportes que fazem uso de raquetes e tacos e que necessitam de impulso, intensas extensões do cotovelo ou supinações do antebraço. Além disso, algumas profissões, como carpintaria, operador de máquinas, e trabalhos que requerem excesso de digitação, também podem causar lesões na parte externa do cotovelo.

Pessoas sedentárias ou que têm o costume de dormir com um apertar inconsciente da mão (com a mão fechada) também possuem mais risco de desenvolver a epicondilite lateral. No entanto, a maioria dos casos não apresenta uma causa específica que possa ser identificada.

Sintomas

Os principais sintomas da epicondilite lateral são: dor sobre o epicôndilo lateral, que se irradia pelos músculos extensores. Nos atletas, a dor costuma ter início repentino e ser de rápida evolução. Nos demais pacientes, a dor inicia-se gradualmente até se tornar intensa e persistente. Além disso, ela piora por pequenos movimentos do cotovelo, chegando a impedir a realização de atividades comuns, como abrir uma porta, escovar os dentes ou escrever.

Diagnóstico

O ortopedista perguntará sobre o histórico do paciente e realizará um exame físico, o qual tem o objetivo de localizar a dor à palpação do epicôndilo lateral. Ele fará diversos testes para diagnosticar a epicondilite lateral, como o teste de Cozen e o teste de Mill.

O teste de Cozen é feito da seguinte forma: com o cotovelo em 90° de flexão e o antebraço em pronação, o paciente realiza a extensão do punho contra a resistência. Caso ele esteja com a doença, irá sentir dor no epicôndilo lateral.

Já para realizar o teste de Mill, o paciente deve ficar com a mão fechada, o punho em dorsiflexão e o cotovelo em extensão. O médico, então, força o punho em flexão e o paciente deve resistir ao movimento. Do mesmo modo, caso ele esteja com a doença, irá sentir dor no epicôndilo lateral.

Em algumas situações, pode ser necessário a realização de exames de imagem para confirmar o diagnóstico. Dentre eles, a ultrassonografia e a ressonância magnética são os mais indicados.

Tratamento da epicondilite lateral

O tratamento inicial é conservador, e possui como principal objetivo o controle da dor. Aliás, nesse caso, recomenda-se o repouso, restrição das atividades repetitivas, além de mudanças em alguns hábitos.

O uso de crioterapia, analgésicos e anti-inflamatórios também é indicado, bem como a realização de infiltrações com corticoides, que podem proporcionar bons resultados, especialmente no início.

Recomenda-se o tratamento cirúrgico apenas nos casos de dor persistente e sem resposta aos métodos conservadores após um período de seis a 12 meses.

Muitas são as formas de tratar a epicondilite lateral, sendo que na maioria das vezes o paciente pode se recuperar apenas com métodos não invasivos. Portanto, converse com um ortopedista de confiança e realize o tratamento mais adequado para você!

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