O fêmur, osso da coxa, é o maior e mais forte do corpo humano. Por isso, para que ele sofra uma fratura, é preciso um grande impacto, como o que acontece em acidentes automobilísticos e quedas de grandes alturas. No entanto, pessoas idosas, que já possuem os ossos mais enfraquecidos, podem acabar sofrendo uma fratura do fêmur com mais facilidade. Nesse caso, a fratura costuma acontecer na cabeça do fêmur, que é a região que se articula com o quadril. Porém, em geral, a região central do osso, conhecida como corpo do fêmur, quebra com mais frequência.
Sintomas
Na maioria dos casos, uma dor intensa surge logo após a fratura, o que ajuda a identificar a quebra do osso. Entretanto, existem situações em que a fratura é muito pequena, causando uma dor relativamente leve. Nesse caso, os sintomas que podem indicar o problema são:
- Dificuldade para mover a perna;
- Dor forte que surge ao colocar o peso sobre a perna;
- Inchaço ou presença de hematomas.
Além disso, o paciente também pode apresentar sensibilidade na perna, bem como sensações de formigamento ou queimação.
Em caso de suspeita de fratura no fêmur, é essencial procurar a ajuda de um ortopedista e realizar um raio-x para confirmar se houve mesmo uma fratura no osso. Isso contribui para um tratamento precoce e, consequentemente, para uma melhor cicatrização do fêmur.
Fratura do colo do fêmur em idosos
Entre os idosos, as mulheres são as que mais sofrem esse tipo de fratura. Além disso, outros fatores de risco também são: raça branca, osteoporose, histórico familiar, tabagismo e alcoolismo.
A fratura do colo do fêmur (região que se liga ao quadril) é muito perigosa para os idosos, pois apenas 25% deles se recuperam totalmente. Além disso, cerca de 20% morrem após um ano da lesão devido ao agravamento de problemas preexistentes do coração, pulmão e rins. Ou seja, a maioria não consegue mais viver de forma independente, tendo que lidar com dor persistente, alteração do equilíbrio e demais dificuldades, como andar mancando.
Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento correto com um ortopedista especializado são fundamentais, pois garantem uma maior qualidade de vida ao idoso.
Tratamento da fratura do fêmur
Na maioria dos casos de fratura do fêmur é necessário fazer cirurgia, em até 48 horas, para permitir a cicatrização correta do osso. Existem diferentes tipos de cirurgia:
1 – Fixação externa
Para realizar a fixação externa, o médico coloca parafusos através da pele, acima e abaixo da fratura, para fixar o alinhamento correto do osso. Geralmente, esse procedimento é temporário, sendo mantido até que o paciente possa fazer uma cirurgia de reparação.
2 – Haste intramedular
É muito utilizada para tratar fraturas na região do corpo do fêmur. Ela consiste na colocação de uma haste de metal no interior do osso, que normalmente é retirada após a cicatrização total, o que pode demorar até 1 ano.
3 – Fixação interna
Realiza-se a fixação interna em fraturas mais complexas ou com diversos locais quebrados, o que impossibilita a utilização de uma haste intramedular. Nessa técnica, o médico coloca parafusos e placas de metal diretamente sobre o osso para permitir a cicatrização correta.
Esses parafusos podem ser retirados quando a cicatrização estiver concluída, mas muitas vezes são mantidos por toda a vida, principalmente se não estiverem causando nenhum incômodo.
O correto manejo da fratura do fêmur por um ortopedista habilidoso é essencial para a recuperação do paciente. Portanto, em caso de necessidade, procure um profissional de confiança!
