Fratura por estresse: o que é e como ocorre?

Homem com fratura na coluna

A fratura por estresse é uma lesão que ocorre como resultado de um número elevado de movimentos repetitivos, sequenciais, que acabam sobrecarregando o osso e causando a fratura. Ela acontece com muita frequência, principalmente em pessoas mais ativas, como os atletas.

O que causa a fratura por estresse?

Toda atividade com impacto ósseo causa microfissuras nos ossos que são restauradas durante o repouso, formando em seu lugar um tecido ósseo ainda mais forte e resistente. Entretanto, quando esse impacto se torna frequente, por meio de movimentos repetitivos realizados sem os cuidados certos, a destruição óssea acaba sendo maior que a restauração, o que pode causar a fratura por estresse.

Ou seja, o que causa esse tipo de lesão são impactos consecutivos que não permitem que a massa óssea tenha tempo o suficiente para se regenerar totalmente. Um exemplo disso são os corredores, que devido à prática esportiva intensa têm lesões ósseas nos pés (tarso e metatarso), tornozelo, joelhos e quadril.

Além disso, outra causa muito comum da fratura por estresse, que ocorre também com atletas, é a carga de treinamento inadequada. Isso acontece quando o esportista chega a um estado tão grande de fadiga que seus músculos acabam tendo uma menor capacidade de absorção de impacto. Nesse caso, os ossos passam a ser mais exigidos durante o exercício, o que pode resultar em lesões.

Todavia, é importante ressaltar que nem toda fadiga muscular vai resultar em fratura por estresse, até porque ela é frequente nas práticas esportivas. O problema reside no descontrole das cargas de treinamento, ou seja, treinar constantemente acima do que o corpo suporta.

Excesso de peso, deficiências nutricionais e problemas hormonais também são fatores de risco para a fratura por estresse, bem como:

·Baixos níveis de vitamina D;
·Desalinhamento articular;
·Desequilíbrios posturais e musculares.

Diagnóstico

Quando o paciente chega ao consultório, o médico realiza o exame clínico, avaliando o paciente e seus sintomas. Aliás, algumas das queixas mais comuns são:

·Dor de início tardio, que piora de forma considerável com o esforço físico e diminui com o repouso;
·Fortes dores ao apalpar o local;
·Redução do rendimento esportivo ou das atividades funcionais.

Após analisar o quadro, o médico pode solicitar a realização de exames de imagem para confirmar o diagnóstico, como radiografia, tomografia computadorizada e, principalmente, ressonância magnética. Outro exame também muito importante nesse caso é a densitometria óssea, que ajuda a detectar se a fratura ocorreu devido à perda de massa óssea ou não.

Tratamento da fratura por estresse

O tratamento mais adequado para a fratura por estresse dependerá da gravidade de cada caso. Por exemplo, fraturas de baixo risco podem ser tratadas com repouso, imobilização, uso de muletas e fisioterapia.

Já os casos mais graves, de alto risco, necessitam de imobilização completa, repouso absoluto e até da realização de procedimentos cirúrgicos de fixação. Além disso, a fisioterapia também é essencial para a cicatrização óssea e para a melhora da funcionalidade.

Por fim, também é importante incluir no tratamento a implementação de medidas que ajudem a evitar uma nova fratura por estresse. Por isso, todos os fatores de risco devem ser controlados.

Em caso de sintomas, procure a ajuda de um ortopedista de confiança, pois a experiência de um bom profissional é imprescindível para o sucesso do tratamento. Entre em contato e saiba mais!

Veja meus Vídeos

Artigos recentes