A tendinite de Aquiles ocorre quando há uma inflamação no tendão de Aquiles ou no seu revestimento. Aliás, o tendão de Aquiles é o mais forte do corpo humano, sendo capaz de suportar até 12,5 vezes o peso corporal. Além disso, ele é um “cordão” fibroso formado por tecido conjuntivo que faz a conexão dos músculos da perna ao osso calcâneo (osso do calcanhar).
O que é a tendinite de Aquiles?
A tendinite de Aquiles caracteriza-se pela inflamação do tendão de Aquiles ou do seu revestimento. Quando ela ocorre, pode causar dor na parte de trás do pé ou calcanhar e na barriga da perna. Além disso, ela é o principal problema que afeta esse tendão e, geralmente, possui um bom prognóstico, desde que seja tratada de maneira precoce e correta. Entretanto, algumas complicações podem surgir em certas situações e dificultar a reabilitação.
Existem dois tipos de tendinite de Aquiles, que se diferenciam pela parte do tendão que está inflamada, são elas:
Tendinopatia insercional do Aquiles: essa tendinite atinge a parte inferior do tendão, na região em que ele se conecta com o calcâneo (osso do calcanhar). Nesse caso, muitas vezes, também há a presença da deformidade de Haglund, que se caracteriza por uma proeminência óssea (exostose) retrocalcaneana;
Tendinopatia não insercional do Aquiles: nesse tipo de tendinite, localizada entre 2 e 6 cm do calcanhar, as fibras na porção média do tendão começam a passar por um processo de degeneração e o tendão fica mais espesso. Além disso, ela afeta, habitualmente, as pessoas mais jovens e ativas.
Em ambos os tipos de tendinite, as fibras danificadas do tendão podem calcificar, ou seja, perder elasticidade. Aliás, isso acontece devido aos processos inflamatórios crônicos ou a hipersolicitações, e resulta da tentativa constante de cicatrização da lesão crônica.
Causas
A tendinite de Aquiles é o resultado de um estresse repetitivo, que exige do tendão mais do que ele está preparado para suportar. Isso pode ter relação com uma menor resistência do tendão, devido à fraqueza, envelhecimento, degeneração ou doenças como o diabetes, por exemplo. Também está relacionado com o aumento de peso ou alterações repentinas na rotina de treino. Além disso, a má técnica esportiva e o uso frequente de salto alto também são outras possíveis causas para a tendinite de Aquiles.
Sintomas da tendinite de Aquiles
A dor e a rigidez na região do calcanhar, parte de trás do pé ou “barriga da perna”, são os principais sintomas da tendinite de Aquiles. Eles surgem gradualmente e sofrem uma piora durante a realização de atividades físicas, como subir escadas ou rampas inclinadas, por exemplo, e melhoram com o repouso. Além disso, a rigidez também pode ser mais intensa no início do exercício ou quando a pessoa se levanta de manhã.
Em alguns casos, a área afetada pode ficar vermelha, quente ou inchada, e é possível ouvir sons de estalido (estalos) ou crepitação durante o uso do tendão.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito por meio do exame clínico e da avaliação dos sintomas. Além disso, o médico ortopedista também pode solicitar a realização de alguns exames complementares, como o raio x e a ressonância magnética.
Já o tratamento da tendinite de Aquiles é um pouco demorado, pois faz-se necessário alguns meses para que os sintomas diminuam e a recuperação seja completa. Além disso, as opções terapêuticas visam a redução da inflamação e o alívio da dor, e incluem:
Descanso;
Utilização de gelo;
Medicação anti-inflamatória;
Injeções de cortisona;
Fisioterapia;
Exercícios de alongamento;
Uso de calçados ortopédicos.
O médico ortopedista é o profissional habilitado para tratar a tendinite de Aquiles. Portanto, em caso de sintomas, agende sua consulta!
