Tendinite

tendinopatia

A tendinopatia é uma síndrome clínica caracterizada por dor persistente localizada no tendão e perda de função. Mais comumente, é o resultado de cargas mecânicas repetidas (isso é denominado “uso excessivo”).

Ocasionalmente, um pequeno peso ou o aumento deste pode resultar em um tendão se tornando sintomático pela primeira vez. A tendinopatia é distinta da ruptura dessa estrutura. Essa condição se refere a um tendão com tecido anormal, que está estruturalmente intacto.

A idade acima de 35 anos está associada a um aumento da incidência dessa manifestação e atividades de cunho repetitivo que forcem a região.
Uma história e um exame físico cuidadosos podem ajudar a confirmar se uma lesão envolve um tendão e por que a lesão ocorreu agora. O médico fará algumas perguntas para chegar ao diagnóstico, como:

Houve algum aumento recente no volume de treinamento ou alguma nova atividade?
Houve alguma mudança no equipamento (por exemplo, nova raquete) ou treino (por exemplo, corrida em uma superfície diferente, corrida em declive, algum exercício na musculação), prática exagerada de alguma atividade, como tocar algum instrumento?

Você voltou recentemente de um tempo longe do treinamento ou das atividades regulares (tendões perdem força e condicionamento rapidamente)?

Existe alguma história de doença inflamatória, como doença inflamatória articular ou espinhal, psoríase ou doença inflamatória intestinal, no paciente ou em sua família?

Houve algum uso recente de medicamentos tendinopáticos (por exemplo, antibióticos quinolonas, inibidores da aromatase)?

Em caso de resposta positiva na maioria dessas questões, podemos considerar que o paciente está com tendinite.
Uma característica de muitas doenças do tendão é o aparecimento tardio de uma dor mais intensa. Ela é observada caracteristicamente no Aquiles e na tendinopatia patelar, mas é encontrada em outros tendões. Durante a carga do tendão (por exemplo, durante exercícios como corrida), pode haver um aumento de curta duração da dor no tendão, que diminui à medida que o exercício continua. No entanto, após algumas horas de exercício ou no dia seguinte, surge uma dor mais forte.

Muitas vezes, essa condição está associada a causas maiores, como fraqueza muscular, padrões de movimentos anormais ou rigidez articular. Além da dor local, pode haver irradiação desta para outras regiões próximas e aumento da sensibilidade.

Alterações características na aparência do tendão em estudos de ultrassom ou ressonância magnética podem ser usadas para confirmar a probabilidade de tendinopatia, como uma fonte de dor no tendão relacionada à carga, identificar rupturas macroscópicas (que podem ser passíveis de reparo cirúrgico) e determinar a extensão do envolvimento de estruturas associadas (por exemplo, presença de esporas ou fragmentos ósseos, lesões labiais, patologia bursal).

A maioria dos pacientes com tendinopatia por uso excessivo apresenta-se aos profissionais de saúde na fase crônica (mais de três meses de sintomas). Uma vez presentes, essas manifestações podem ser refratárias ao tratamento. No entanto, essa condição também pode ser transitória, causando irritação leve que remite em um período de dias ou semanas.

O sucesso do tratamento conservador, frequentemente, depende de um programa coordenado de educação, como repouso relativo, redução das atividades agravantes, correção de quaisquer falhas biomecânicas subjacentes, reabilitação ativa e, em seguida, um aumento gradual nas atividades de carregamento do tendão.

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