Hoje falaremos um pouco sobre as fraturas da mão.
Os cuidados primários de fratura de mão envolvem diagnóstico preciso, controle da dor, redução conforme indicado, imobilização da fratura, encaminhamento apropriado para um cirurgião de mão e reabilitação adequada.
A mão possui inúmeros ossos, entre os principais estão as falanges e metacarpos, os quais são responsáveis por 10% de todas as lesões que ocorrem.
Junto com as fraturas dos ossos do carpo, eles representam uma parte substancial das fraturas dos membros superiores. A falange distal é o osso mais comumente fraturado na mão, seguida pelos metacarpos. Os acometimentos do metacarpo são vistos com mais frequência em adultos, enquanto as fraturas da falange são mais comuns em crianças. Aproximadamente 20% dessas lesões ocorrem entre as articulações.
Antes de examinar uma fratura de mão, uma avaliação rápida para descartar quaisquer outras lesões associadas deve ser realizada. Para pacientes sem lesões com risco aparente de vida que parecem apropriados para gerenciamento apenas clínico, a avaliação começa com o detalhamento da história do acidente.
Deve ser obtido um histórico específico que inclua:
●Domínio da mão do paciente;
●Ocupação;
●Mecanismo de lesão;
●Tempo desde a lesão;
●Local da lesão.
Detalhes do mecanismo de lesão e uma compreensão dos seus padrões associados a mecanismos específicos são importantes. Traumas sofridos por força significativa estão associadas a um maior deslocamento e, potencialmente, a uma zona de acometimento mais ampla.
Uma radiografia da parte lesada da mão deve ser obtida para determinar as características do acidente.
O médico ortopedista que está realizando essa avaliação, observa alguns pontos importantes, como se o acometimento ósseo foi do tipo:
●Aberto ou fechado;
●Deslocado ou não deslocado;
●Redutível, com redução mantida por uma tala simples, ou irredutível.
Fratura exposta: é uma fratura que se comunica com o ambiente externo por meio de uma ferida sobreposta, enquanto uma fratura fechada não. Uma ferida sobreposta pode, de fato, não se comunicar com a fratura, mas é melhor tratar todas essas fraturas como fraturas expostas e deixar que o cirurgião de mão responsável pelo tratamento tome as decisões finais sobre o tratamento.
Fratura não deslocada: uma fratura pode ser não deslocada (fragmentos de fratura mantidos em posição anatômica pelo periósteo ou tecidos moles circundantes) ou deslocada. Em geral, as fraturas não deslocadas podem ser tratadas de forma conservadora com tala apropriada para imobilizar o(s) osso(s) envolvido(s) até que a cura ocorra.
Fratura deslocada: o deslocamento dos fragmentos da fratura pode causar encurtamento, angulação, translação e/ou rotação dos ossos envolvidos. O grau desse deslocamento depende da força da lesão inicial e da qualidade do osso, ou seja, se ele sofre de osteoporose ou não, e determina a necessidade de intervenção. Todas as fraturas fechadas com deslocamento clinicamente significativo requerem redução inicial e imobilização para estabilizar a lesão antes de qualquer reparo operatório. Em geral, qualquer grau de deslocamento rotacional é inaceitável.
Redução da fratura: a redução sob anestesia apropriada (local ou regional) deve ser tentada após o diagnóstico para a maioria das fraturas fechadas com deslocamento da mão. Se a fratura for reduzida, uma tala é aplicada e radiografias obtidas para determinar se a redução foi mantida.
Para que serve e qual a função da imobilização por essas talas, afinal?
Elas desempenham um papel importante no tratamento de lesões musculoesqueléticas, particularmente aquelas que envolvem fraturas de extremidades e luxações articulares. A imobilização da extremidade por meio de talas diminui a dor e o sangramento e evita mais comprometimento dos tecidos moles, vascular ou neurológico.
Além disso, as talas acomodam algum grau de inchaço e podem prevenir o comprometimento neurovascular. Considerações sobre lesões nas mãos com imobilização incluem as articulações a serem imobilizadas, posição do membro para imobilização, localização da imobilização e duração da imobilização.
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