O menisco caracteriza-se por ser uma estrutura fibro-cartilaginosa responsável por amortecimento do joelho, diminuindo a força de qualquer impacto efetuado a essa região. A estrutura tem o formato semicircular, que lembra a letra C e possui ligamentos que permitem o movimento. Porém algumas pessoas nascem com uma anormalidade no menisco, similar a um disco ou sem os ligamento que o seguram ao joelho. Chamamos essas anomalias de Menisco Discoide.
A criança que nasce com essa enfermidade pode passar grande parte de sua vida sem notar algum problema até começar a praticar algum esporte, em especial o que necessitam giro e flexão profunda do joelho.
Mas por que o menisco discoide é mais propício a lesões?
Por tratar-se de uma estrutura mais “grossa” que o normal, é comum que ela se encontre presa entre a tíbia e o fêmur. Isso diminuí o abastecimento de sangue para a estrutura, o que prejudica sua habilidade de cicatrização.
O menisco também possui uma ligação fraca com a cápsula do joelho, que aloja a articulação do membro inferior. Esse fator ocorre devido a inexistência de uma ligamento conhecido como Wrisbeg, encarregado de estabilizar a pequena estrutura quando o joelho realiza seus movimentos. A ausência desse ligamento faz com que o menisco tenha mais chances de ser pinçado e sofra rupturas.
Quais são os sintomas dessa enfermidade?
O paciente com menisco discoide sofre com dor e inchaço no joelho, estalidos dentro do joelho que podem ser audíveis, dificuldade em estender o joelho e em certos momentos a pessoa simplismente não consegue esticar o membro, ficando com ele travado.
As dores podem ser localizadas e com momentos de alívio e costumam se intensificar quando o paciente faz movimentos comuns do dia a dia, como agachar e cruzar as pernas.
E como é feito o diagnóstico?
O melhor exame para diagnosticar essa anomalia ainda é a ressonância magnética. Ela nos permite observar o diâmetro transversal do menisco, que deve ser de 10 a 11 milímetros, e se ele está com alguma lesão.
Caso o profissional não tenha acesso a este exame, a radiografia é capaz de ajudar pois mostra o alargamento do espaço articular lateral, indicando a presença do menisco discoide.
Quais os tratamentos disponíveis para menisco discoide?
Se o paciente descobriu o problema por meio de um diagnóstico casual e não apresenta sintomas, não há necessidade de cirurgia. Entretanto eles devem ter acompanhamento médico já que podem desenvolver alguma condição no futuro.
Agora, se existe um menisco discoide acompanhado de lesão é fundamental iniciar o tratamento mais rápido possível. Normalmente a fisioterapia é a primeira opção porém se esse método conservador não apresentar resultados é indicado passar por uma cirurgia.
A videoartroscopia pode ser escolhida já que menos invasiva. Nela o profissional realiza um procedimento chamado meniscoplastia, que é a retirada da área lesionada do menisco e o deixando no tamanho que supostamente deveria ser.
Caso você tenha percebido algum desses sintomas em seu filho, é recomendado levá-lo ao ortopedista para uma avaliação médica.
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